“Só depois de muito tempo fui entender aquele homem”, assim se define minha relação com meu pai.
Quantas chances desperdicei até notar que sempre tive um amigo por perto e havia escolhido a solidão.
O ano de 2008 foi um ano terrível, perdas, mudanças e minha vida de ponta cabeça, ganhei um “filhotão de tartaruga” pra cuidar, (eu chamo meu pai assim. Rsrsr...)
Quando saí de meu serviço no começo do mês de março eu prometi a minha mãe que iria ajudar a cuidar do meu pai, ele andava doente e debilitado e ela precisava cuidar de si mesma, só não sabia que estava tão mau assim, ao passar mau levei-a ao hospital por onde ficou internada por quinze dias e veio a falecer no dia 31 de março.
Durante os quinze dias de internação, aprendi a ser enfermeiro de meu pai, notei o quanto poderíamos ser amigos e o quanto ele precisava de mim.
Minha mãe se foi e na ultima visita que fiz isso quatro horas antes dela falecer ela me pediu que eu cuidasse dele, faço isso com enorme carinho, amo meu pai e descobri um amigo pra todas horas, me aconselha e sonha junto comigo, planejamos e conversamos sobre o futuro, sobre seus futuros netos ( por parte de minhas irmãs porque eu ando mau,rsrsrs...), sobre minha faculdade e a possibilidade de sairmos daqui, sinto que ele não está contente e planejamos mudar pro interior.
Meu pai é um amigo de verdade, quase um filho, tenho por ele todo amor do mundo e eterna gratidão por mostrar caminhos que posso percorrer!
Natal poderia ser triste por não ter minha velhinha conosco, mas fiz o possível pra arrancar um sorriso dele, fiz o possível pra comprar a camisa que ele tanto queria e ganhei o abraço e beijo mais carinhoso desde que nasci!
Paizão, te amo e tudo que puder fazer por você eu farei!
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