
Vocês devem pensar que sou louco não é?
Pois bem não tenho comprovação se sou ou não, mas vou expor um pouco do que penso sobre o mundo que vivemos e as pessoas que nos rodeiam, espero que gostem e que entendam
Somos meros ratinhos brancos em uma enorme experiência.
Experiência essa que não sei qual a finalidade, o pouco que sei, é que temos um “criador”, ele nos observa a todo instante, ele que nos coloca nas experiências sem que percebemos. Somos cobaias!
Dependendo do ponto de vista, a vida nesse laboratório não é tão ruim, observo muito os outros ratos que estão por perto, estamos solitários cada um em seu espaço, chamam essa “gaiola” de ego, eu não sei o que significa mas sei que cada um tem o seu, por vezes preso no ego, alguns ratos passam horas, dias, meses e até mesmo a vida toda a correr por uma roda que não sai do lugar, ao meu entender eles alimentam seu ego com essa busca pelo novo mas sem sair do lugar.
As gaiolas tem as portas livres o tempo todo, mas alguns ratos tem medo do “criador”, eles dizem que não o vêem mas dizem que ele existe, eu sinceramente sou chamado de louco, isso porque eu digo que não o vejo, mas que ele me da sinais de sua existência a toda hora, comprovei isso quando sai de minha gaiola, eu não o temi, me senti protegido, parecia que ele tinha planejado cada passo que eu dei, apesar dele não dar as caras, me da presentes maravilhosos.
Todas as gaiolas são iguais, o espaço é o mesmo e até o jornal que forra o chão é o mesmo para todos, eu particularmente adoro o chão, fico por horas lendo cada palavra e cada informação, um dia desses reparei que a data do jornal e a data em que vivemos não coincide, fiquei espantado mas mesmo assim continuo a ler todos os dias, o que me deixa triste é ver que os outros ratos defecam em cima de tanta informação, não dão a mínima, apenas querem correr em sua roda sem sair do lugar.
Que bando de ratos inúteis – eu penso.
Um dia desses o criador me colocou em um labirinto, não estava só, haviam outros ratos e ao meu ver pareciam estar ali a muito tempo, esse labirinto se chamava “provações de vida”, haviam ratos que teimavam em seguir no mesmo caminho mas ao dar um passo na mesma direção batiam sua cabeça na parede, e continuavam a insistir. No começo fiquei com medo, queria seguir os outros ratos, sei la, talvez a maioria fosse pro caminho certo, mas desisti, resolvi seguir meu caminho, o que eu achava que seria o melhor, mesmo sabendo que haviam vários, eu ia seguir o meu e sempre com a mesma sensação de que o criador vigiava meus passos.
Andei, andei e nem sinal de encontrar a saída, já havia saído de minha gaiola, havia encontrado outros ratos que me ensinaram muito, uma me ensinou o amor, o amor de mãe, mas o criador a levou pra perto dele, era uma ratinha muito amável e bondosa, mas que ele precisava ao seu lado, levou também uma ratinha muito simpática que encontrei no labirinto, ela estava triste mas em pouco tempo ela ficou melhor e voltou a sorrir e foi assim que quando achei que teria uma amiga de verdade ,o criador também a levou pra perto dele, por vezes acho que é melhor caminhar sozinho, todos que esbarro e crio laços o criador tira de perto de mim, mas fazer o que? Somos cobaias não é mesmo?
Parei e pensei, então comecei a enxergar pelas paredes do labirinto, achei a saída facilmente, no fim havia muita luz, o criador estava cercado dos ratos que esbarrei no labirinto, todos estavam sorrindo como se tivessem vendo um enorme pedaço de queijo, mas não! Era por mim, havia um livro e minha gaiola estava forrada agora com uma espécie de paginas de seda, haviam nomes e uns números.
E então mentalmente o criador me disse que aquele livro era uma espécie de manual, que nem todos os ratos saberiam entender o que estava ali dito, mas notei que entre todos os ratos, ele me tirava da gaiola e me botava no labirinto e eu notei que os ratos que batiam cabeça no muro começavam a me seguir e que isso havia tornado um ciclo e que pelo simples fato de não defecar em cima do jornal que era trocado a cada dia, eu absorvia tudo contido ali naquelas palavras e com aquilo podia formar meus próprios textos.
Sim, o criador existe, somos meros ratos e não vou correr e ficar parado no mesmo lugar!
Alguém entendeu algo?
Nem eu!
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