
Não sei por que mas adoro o mês de novembro, pra mim é como se fosse o encerramento de um ciclo, que esse ano pelo menos um mês valerá a pena. Chego em novembro ferido de tantas quedas, com o coração remendado de tantas perdas, tanta gente que eu amava se foi.Chego aqui sem planos, apenas com esperanças, meu ultimo mês do ano, geralmente o mês de dezembro me torno depressivo, reflito muito sobre o ano, como se eu fizesse um balanço geral dos acontecimentos.
Doce novembro também, é o titulo de filme que aprendi muito, algumas pessoas o criticaram pelo seu fraco roteiro, mas eu em particularmente adorei, além de ser um admirador de histórias de amor e estar praticamente vivendo uma história que daria um bom livro, gosto de histórias que surpreendem no final, mas no contexto geral foi uma boa história, não vou contar pois nem todos que aqui estiverem devem ter assistido.
Apesar de muitos acharem triste, o mês de novembro já começa com um feriado que divide a opinião do povo, o dia de finados (2 de novembro), uns o vêem com tristeza mas eu particularmente acho um dia propicio pra relembrar nossas pessoas queridas que se foram antes de nós, deixo a vocês uma simples poesia pra reflexão, não é de minha autoria mas guardo ela a anos e nem sei onde a consegui, é isso ai obrigado pela visita e tenham todos um “Doce Novembro”.
Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.
Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê
Triste
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.
E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.
Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
Sentimos, quando mergulhados em oração, o
ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever novamente aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...
E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!
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