
Desde minha infância, ouvi muito a respeito de minha avó, minha mãe enchia os olhos de lagrimas para falar dela, eram historias tristes, historias de luta mas de muita coragem.
Trocávamos cartas e fotografias, eu a amava tanto mesmo sem conhecer, mesmo sabendo de todas as dificuldades que ela passava no sertão nordestino, a seca que castigava a pobreza e a baixa renda lhe maltratava muito.
Minha avó teve cinco filhos, quatro de meu avô que faleceu um mês antes de minha mãe nascer e um de pai diferente.
De origem pobre e de pouca instrução, a saída eram serviços domésticos, uma mulher solteira com quatro filhos naquela época não era respeitada, enfim, minha avó, dona Jacinta passou por muitas dificuldades e sem contar a saudades de três dos cinco filhos que vieram pra São Paulo tentar uma vida melhor, a doce ilusão de que aqui tudo era ouro.
Dedico minha homenagem a essa mulher guerreira que nunca conheci mas que sempre admirei e mesmo sem minha mãe pra me lembrar sei que hoje seria aniversário dela.
“Vó, ainda tenho a ultima foto que a senhora mandou, fiquei feliz em ver que gostava tanto da sombrinha que me pediu pra se proteger do sol, espero que ai no céu, a senhora veja que eu mesmo fraquejando de vez em quando sou mais um aluno desta escola da vida em que aprendi muito com minha mãe, inclusive a força pra superar a saudade, tiro forças de pessoas especiais que passaram em minha vida e aprendi que o amor supera tudo!”
Muito obrigado minhas guerreiras!
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