
Desde pequeno, não creio
ser parte do mundo
ou dele um herdeiro.
Vejo-o como coisa distante
filme de infantes, passando na TV.
Nada do que faço, muda-o
Nada do que falo, muda-o
Ele não se cala, ou pára
Segue comigo, sem mim, não importa.
É um filme e não se importa.
Não faço parte do mundo
Sou seu observador atento
só vivo-o, vendo
Nada pode alterá-lo e vai seguir
independente de mim.
Ninguém me nota ou faz questão.
Não sentem verdadeiramente minha falta
ou sequer vêem minha dor
e minha paixão.
O mundo vai seguir, nada pode ser feito
E eu trilho o caminho diferente
pisando em falso sem ver ou ouvir
só as músicas no ouvido
e os poemas nos lábios
Sigo solitário o caminho
daquele que nada pode alterar
vendo tudo como numa novela
vendo tudo como num livro de estórias
nada vai poder mudar o mundo.
E estou no meu cantinho escuro
vendo a grande bola azul girar
no espaço, iluminada ou enegrecida
e as pessoas com medo, bom
as vezes elas me escutam.
Nada é um filme de Holliwood
São pequenas histórias reais
das quais eu posso tirar somente a lição
musicas tristes que cantam
E o mundo vai seguir, sempre segue
com ou sem poemas.
E eu, vendo-o, aprendo.
Apreensivo, vou aprendendo a não
só ver o mundo.
mas a admira-lo.
O Mundo é como um poente eterno
ou uma eterna brisa soprando
uma borboleta que sai do casulo
sempre muda, mas você nada pode fazer.
Só se pode crescer
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