quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Loucura?


Em versos revelo afetos
Construo palavras sem nexo
Perdidas no sombrio de mim

Demônios e feras libero
Inquietos sentidos escrevo
Perdido no vazio do peito

Meus dedos percorrem caminhos
Meus olhos se fixam no nada
Meus pensamentos fluem assim

Em palavras transformo o som
Da voz infinita que sussurra insistente
Desejos guardados nesse estranho em mim

Meus movimentos internos intensos
Assustam-me a todo pensar
Grito o som dos loucos- prisioneiros sem grades

Procuro um canto escuro
Que cale a voz desse estranho
Me liberte do outro-demônio

Nos versos revela-se o louco
Tatuado nas minhas entranhas
Devorando cada pedaço de mim

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