quarta-feira, 15 de outubro de 2008

À mim mesmo...Homenagem Narcisista


Lembranças de outro tempo
Quando não havia tanta maldade
Quando saudável era o vento
E tínhamos identidade
Essa fase não havia de acabar
E então novo tempo apareceu
É nossa sina o papel rabiscar
Não deixando de esquecer quem morreu
Os poetas que se foram
Nos deixaram doces lembranças
Obras que muitos ignoram
Mas ainda nos dão esperanças
Assis, Azevedo, Drummond e outros.
Fizeram sua parte há algum tempo
É chegada a hora dos reencontros.
Escrevamos com a alma
Basta ter calma
Sem dispor de muito tempo
Quer saber?
Não precisa de talento
Escrevo, escrevo e escrevo.
Não precisa de rima
Basta escrever
Olho para cima
Ou melhor, para dentro de mim.
Encontro um poeta escondido
Posso estar sorrindo ou ferido
Que algo posso escrever.
Escrevo o que consta em minha alma
O que diz meu interior
Falo de coisas absurdas
De quem fui
De quem sou
Ou simplesmente do amor.
Não queira ser um Drummond.
Admira-lo é o bastante posso dizer
Penso como Augusto dos Anjos
Sou um viciado em ler
Leio o passado
Serei capaz de escrever o futuro
Quando escrever algo e você chorar
Digo-te, sou um poeta, lhe juro
Apagarei o passado
Escreverei o futuro

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